A última esperança

Que pensava ter encontrado nas tardes de quarta-feira do extinto Sol Música.

Acabaram por nunca dar em nada.

É plágio! - 3

Dia do Holocausto

Hoje comemora-se o dia do Holocausto Judeu. Há serviços inter-religiosos um pouco por toda a Grã-Bretanha, na nossa Igreja em Bolton orou-se por todas as vitimas de massacres e genocidios. Algo muito decente da parte dos cristãos. Mas eu pergunto-me: Como é que Deus se sente quando oramos pelas vitimas de genocidios? O mesmo Deus que ordenou aos hebreus no Velho Testamento para acabarem com os povos nativos da palestina, para não deixarem pedra sobre pedra, massacrar mulheres, crianças, animais... menos o ouro, o ouro não, ah e a prostituta Raabe que traiu o seu próprio povo... Josué 6. E não me venham com a desculpa que eles eram pagãos, e receberam a ira de Deus, etc. etc. os povos do Ruanda, Quénia e Timor não iriam gostar muito disso.

Eu pergunto-me: Será que Deus mudou assim tanto? Ou fomos nós que mudámos?

É plágio! - 2

Validade

À medida que o tempo passa vou-me sentindo a ficar para trás. Há uma série de jogadores de futebol mais novos do que eu, como por exemplo o Cristiano Ronaldo, que em medidas de sucesso, deve valer milhares de vezes mais do que eu. As raparigas não se apercebem, mas isto afecta muito os rapazes.
E os escalões... enquanto estive no andebol corri-os todos. Bambis, infantis, iniciados, juvenis, júniores, séniores.
Resta a consolação de ainda estar no prazo de ser seleccionado para a selecção nacional de futebol de uns jogos olímpicos. Daí em diante, já não há mais nada.

Mudar o discurso

Há argumento contra a fé cristã que é usado com alguma frequência e do qual discordo. Aquele que diz que no Velho Testamento Deus era mau, violento, assassino e genocida, mas que no Novo Testamento, já é Deus de amor, misericordioso e disponível para toda a gente. Deus que muda não é lá grande Deus, isso é de certeza (opiniões do mesmo sub-tipo aqui).

Por partes. Não consigo discordar que no Velho Testamento, Deus tenha sido um bocado bruto. Há casos como a matança dos primogénitos no Egipto que é de um sadismo que excede qualquer doidinho da minha geração. E Deus fez limpeza étnica, matava os povos circundantes aos hebreus até ao último choro do último recém-nascido. E a violência é inegável, por exemplo na aplicação da Lei em apedrejamentos até à morte. Isto consta tudo no Velho Testamento.

Discordo sim que no Novo Testamento haja a tal mudança em Deus. Toda esta violência foi sofrida por Jesus, aquele que, dizemos nós, foi o Filho de Deus. Assim, temos Deus a entregar o próprio Filho às mãos da Humanidade, recebendo na mesma medida o castigo que há séculos tinha aplicado aos egípcios.
Fez parte da natureza humana de Jesus nascer com uma etnia, a judia claro, cujo povo fez a folha ao Filho do próprio Deus.
Jesus podia ter sido julgado pela Lei de Deus, mas por essa ela era inculpável. Nós, criaturas humanas, tivemos de dar à volta à questão, de tal forma que Jesus morreu crucificado, ou seja, um castigo romano, proveniente de uma lei que Ele não subscrevia. Uma morte nada agradável, diga-se.

(e podia até acrescentar que enquanto os castigos do Velho Testamento eram mais dirigidos ao corpo, o sofrimento de Jesus foi mais completo, com aquilo a que hoje se chamaria tortura psicológica, digo insulto e humilhação, traição e deserção)

Estas coisas estão nos Evangelhos, que já fazem parte do Novo Testamento. Depois disso, ainda sabemos do apedrejamento de Estêvão e da decapitação de João Baptista (por agora, não estou a ver mais nenhum caso de morte violenta ou sádica). Já são casos em que o sentido muda. Em vez de Deus castigar os outros, são os outros a castigar os de Deus - os filhos de Deus, continua o "castigo sobre a descendência".

E este pessoal todo seguia a Lei, a tal do Velho Testamento, que era violenta e repressora. Sobre ela, Jesus pedia um cumprimento menos dualista, que não fosse só fazer e não fazer coisas, mas também que colhesse a nossa crença.
Isso há-de ser de alguma forma relevante no assunto.

Coisas importantes II

As ferramentas importantes não podem ser furtadas.

Coisas importantes I

O conhecimento importante não depende do fornecimento de energia eléctrica.

Mais um exemplar

Num artigo onde se diz que foi clonado o primeiro embrião humano, esse grande feito da vanguarda científica, destaco:

"Investigadores da empresa californiana (...)" (combinar com o antepenúltimo post)

"Das 29 tentativas feitas, 23% chegaram à fase de blastocisto (...)"

"(...) o coreano Woo Suk Hwang disse ter conseguido extrair células estaminais de embriões humanos clonados. Meses depois, porém, provou-se que era fraude. "

Há felicitações a dar

Aqui à malta do roque enrole.

O que há a reter

Eu sou da opinião que devemos tirar lições de tudo. E importar experiência de fora para a igreja não tem de ser mau. Por vezes arrepia-me um bocado a forma como entram na igreja estratégias e objectivos, que são sem dúvida a manifestação da intenção de trabalhar a sério na igreja, assim como se faz no emprego.
Só tem que ser assim, contudo esta extrapolação pode ser bem ou mal feita, pode ser uma lição bem ou mal aprendida.
No meu tortuoso estudo para o exame de amanhã, que em nada me vai edificar e que espero que passe rápido, deparo-me com este slide tão sóbrio.

Tem um título e um parágrafo. O que geralmente passa para as igrejas é o parágrafo, no total esquecimento do título, o objectivo de uma empresa é fazer dinheiro.
Penso que o que se têm a aprender é com o título. Claro que não penso que o objectivo de uma igreja é fazer dinheiro, aliás, é daquelas coisas em que há consenso generalizado. Mas ao menos esta empresa sabe o que é e para que serve: para fazer dinheiro.
Não posso provar nada, mas penso que é de bom senso achar manhoso trazer para a igreja tácticas de fazer dinheiro, quando todos estamos de acordo que não é para isso que ela serve.


No Príncipe Caspian das Crónicas de Nárnia, reúnem-se as tropas; vêm criaturas de todo o lado para apoiar a rebelião. Mas quando chega a bruxa e o lobisomem, recusa-se gentilmente os serviços que a senhora quer prestar à boa causa.

Isto do filme (da BlhecDisney) em nada enriquece as buscas no gogle.

É relativo

Quando ouço alguém acusar outra de pretender ser intelectual, geralmente verifico que há mais culpa na preguiça do acusador do que na vaidade do acusado.

In praise of Melancholy

Gostei de ler este texto quase todo.

PS: com agradecimentos a maradona, que de tempos a tempos linka o Aldaily, o que me aviva a memória.

Nem um único (ou humildade)

Será uma das maiores marcas da supremacia da direita na blogosfera portuguesa. Tanta literacia, tanta amor pelos escritores, nem um único rato de biblioteca (particularmente quando o deus desta coisa relata periodicamente o destino que dá aos livros).

Paradoxos modernos

Há com cada um...

Leitura antes, sempre

Hoje um colega falava-me de um filme que relacionava religião com economia com política com... E apostou que eu gostaria de ver.
Claro que quero ver esse filme (sou, das pessoas que conheço da minha idade, aquela que menos filmes vê). Mas antes, leiamos este texto com alguma atenção.

A caixa de comentários está aí, liberalíssima da silva, aceita comentários de toda a gente.

Aproveito também

Para dizer que este ano já comi as primeiras maçãs Fuji. Ainda não sei se as primeiras são as melhores, ou se as primeiras sabem melhor.

Tenho boas razões para crer que as maçãs que o Songoku comia com tanta satisfação de estômago vazio eram maçãs Fuji. As maçãs, se fossem portuguesas, seriam demasiado ácidas para não causar algum mau estar, como se corroessem a parede do estômago, e isso sempre me fez confusão (bem mais do que os personagens voarem, por exemplo). Mas com as maçãs Fuji, finalmente tudo parece fazer sentido.

Num outro desenho animado, o Death Note, o personagem principal compra os favores de um deus da morte com maçãs. Penso que esta ideia só pode ter surgido na mente de um argumentista habituado a comer maçãs Fuji. E como estou a falar de desenhos animados japoneses, deve ser disso mesmo.

Mais pássaros estranhos

É uma boa oportunidade para dizer que o novo aeroporto vai ser quase em cima do Porto das Mestras.

Refrigério

Às vezes dá vontade de dizer que a Bíblia... fala sozinha:

«Ninguém vos domine a seu belprazer com pretexto de humildade e culto dos anjos, metendo-se em coisas que não viu, estando debalde inchado na sua carnal compreensão, e não ligado à cabeça, da qual todo o corpo, provido e organizado pelas juntas e ligaduras, vai crescendo em aumento de Deus.
Se, pois, estais mortos com Cristo, quanto aos rudimentos do mundo, por que vos carregam ainda de ordenanças, como se vivêsseis no mundo, tais como: não toques, não proves, não manuseies? As quais coisas todas perecem, pelo uso, segundo os preceitos e doutrinas dos homens; as quais têm, na verdade, alguma aparência de sabedoria, em devoção voluntária, humildade, e em disciplina do corpo, mas não são de valor algum, senão para satisfação da carne.» Colossenses 2:18-23

Teclado por mim com o maior prazer, refrigerado, directamente da tradução de João Ferreira de Almeida.

Pósmodernice das pósmodernices das pósmodernices

Para mim só são factos científicos aqueles que forem proferidos na voz de Eduardo Rêgo.
(hoje não fui à igreja, fiquei em Aveiro a estudar)

Mais

A mestiçagem do Menino do Lapedo veio deitar por terra um dos grandes paradigmas da ciência moderna: afinal, as duas espécies não só coexistiram como cruzaram-se entre si.

E quantas mais vezes isto não irá acontecer?
Pósmodernice da pósmodernices, esta de pensar que só a inexistência de Deus é que é um grande paradigma inviolável. Aquela história do ADN poder comprovar superioridades e inferioridades nas raças já foi uma boa amostra de que não andamos dispostos a receber toda a ciência e a aversão das pessoas ao aprefeiçoamento da raça dos nazis mostra que nem sequer a caminhar em todas as direcções.
Se as virtudes cardeais do pessoal são a beleza, a saúde e inteligência, o que é que há de mal em que se tente que os bebés nasçam já com elas? Aliás, não desejar isso é um bocado de egoísmo.
Já eu cristão, que como tal tenho de apontar outros virtudes - Fé, Esperança e Amor - posso achar estas confusões, no mínimo, irrelevantes. Estiquem por esticarem, ninguém nasce com elas, nem com mais nem menos.

É plágio! - 1

A ciência isto, a ciência aquilo...

My limited aim here is to discuss this dilemma by looking at the development of cosmology over the past century and to compare the growing number of independent relevant observations with the number of (also growing) separate hypotheses or "free parameters" that have had to be introduced to explain them. Without having to understand the complex astrophysics, one can still ask, at an epistemological level, whether the number of relevant independent measurements has overtaken and comfortably surpassed the number of free parameters needed to fit them—as one would expect of a maturing science. This approach should be appealing to nonspecialists, who otherwise would have little option but to believe experts who may be far too committed to supply objective advice. What one finds, in my view, is that modern cosmology has at best very flimsy observational support.

E se o que me resta é confiar nos cientistas, e tendo em conta (poucos, é verdade) os cientistas com que já lidei (professores do departamento de física), então, não me parece. Prefiro confiar em pessoas de confiança.

Ai se fosse a religião...

"UA aplica 7 milhões de euros em equipamento científico".