Provincianismo moral
Quando se fala em pos-modernidade, por vezes pergunto-me se não é só um sinónimo de um afundamento generalizado num provincianismo moral, que chega até ao pessoal jovem e (supostamente) pensante.
Título relativo à frequência e intenções da postagem; Somos uns amadores.
"One more thing before I go
One more thing I'll ask you Lord
You may need a murderer
Someone to do your dirty work
Don't act so innocent
I've seen you pound your fist into the earth
And I've read your books
It seems that you could use another fool
Well I'm cruel
And I look right through
You must have more important things to do
So if you need a murderer
Someone to do your dirty work"
Vou tentar tirar um pouco o pó do coiso. A ver se o coiso rola qualquer coisita, enferrujada e rusticamente, claro.
Valorizamos demasiado a vida, mas não a valorizamos assim tanto. Se houver reféns, faremos tudo para resgatar os cativos, mas não há grande interesse no trajecto que levou até ao assalto. A resolução instantânea cai mais no goto do que uma encarnação contínua da resolução. Aquece mais o sangue, apela ao coração, cria sentimentos bonitos.
Eu que sou um cristão que tem dores quando se fala na intervenção de Deus, e que acredito que Deus intervém na história em geral e na vida das pessoas em particular de duas formas que na verdade serão só uma, tenho dores mais agudas que o sangue cristão se aquece muito mais com o fulgor do momento. E enquanto só houver calor com convertidos abruptos, salvos da droga, do álcool ou da abundância sexual, afirmo que o vosso deus é mais pequeno do que aquele que opera ao longo de vidas inteiras. O testemunho dos certinhos merecia outras temperaturas. E enquanto os certinhos só receberem frio, é bem provável que eles deixem de o ser em breve.
Uma vida que Deus recuperou em SWAT mode é tão importante como uma vida ganha ao longo de uma vida de negociações, desculpem-me a trivialidade.