Tuesday, October 30, 2007

Quinto filme


Pode ser este (procurar o título na figura).

Sunday, October 28, 2007

Os filmes da minha vida...

Desculpem-me se não posto mais vezes mas a minha vida não tem sido propriamente muito interessante e o tempo para postar também não tem sido generoso, isto com alguma letargia (leia-se preguiça) à mistura... enfim.
Resolvi aceder ao desafio do Tiago pelo respeito que ele me merece como (quase único) postador neste blog, e como bom pensador que é, obviamente.
Bem caso não saibam eu sou um fã do cinema italiano em geral e do Giuseppe Tornatore em particular. Deste senhor vi três filmes: o incontornável "Nuovo Cinema Paradiso", "L'uomo delle Stelle" e "Malèna" e posso dizer que gostei dos três mas especialmente dos dois primeiros. A maneira como os italianos misturam o humor, a ternura e a tragédia é verdadeiramente única, quem já viu cinema italiano sabe do que falo...
É claro que a trilogia do "Senhor dos Anéis" também é dos meus favoritos, sendo eu um fã dos livros de J. R. R. Tolkien, e é apenas por esta razão que gosto da Trilogia do Peter Jackson.
Não posso deixar de referir o filme "Münich" de Stephen Spielberg, foi o unico filme que vi por três vezes no cinema. Deixou-me a pensar bastante sobre esta coisa do conflito israelo-palestiniano e principalmente naqueles que mesmo tendo um papel activo (leia-se assassinos de ambos os lados) no mesmo acabam também por sofrer mais do que fisicamente.O olho por olho não é uma fórmula muito bem sucedida... Em comédia o que mais gostei até hoje foi o "Thank you for smoking" de Jason Reitman com Aaron Eckhart no papel principal. Não sei se passou em Portugal, mas é um olhar muito aguçado e politicamente incorrecto sobre como se fazem lobbies (existem profissionais nesta área) nos Estados Unidos, e como se (não) educam as crianças nesse país, criam-se proibições em vez de lhes dar aquilo que é a pedra basilar da liberdade: o direito de escolher.
Enfim há mais filmes da minha vida, mas sinceramente estes são os que me lembro. Uns porque foram vistos recentemente, outros porque realmente são inesquecíveis.... Até à próxima!!




Thursday, October 25, 2007

Perigosamente verdade

«Quem cresce no conhecimento de Deus e vem a ter uma consciência forte, será mais livre do que um cristão imatura, que ainda se prende a muitas práticas e preconceitos legalistas.»

Mesmo que precedido disto:
«Na realidade, aqueles que sabem usar a sua liberdade com sabedoria são aqueles que têm a consciência “forte”. Sendo forte, a sua consciência não os acusa sistematicamente de práticas que Deus não reprova. Sendo forte acusa mais em áreas relacionadas com a motivação interior e menos em áreas relacionadas com práticas exteriores, que variam de acordo com o contexto cultural»

E seguido disto:
«Contudo, este também saberá prescindir da sua liberdade a favor do cristão mais fraco.»

Contágio Fatal, Allan Pallister

Wednesday, October 24, 2007

Citação de citação

"A metáfora fatal do progresso, que significa deixar coisas para trás, tem obscurecido completamente a ideia real de crscimento, que significa deixar coisas dentro de nós.

G. K. Chesterton"

James Howard Kunstler, n´"O Fim Do Petróleo".

Sunday, October 21, 2007

Um cristão sabe jogar à bola

Analisar algumas expressões populares à luz do cristianismo é um exercício salutar, especialmente se essas expressões forem usadas pela imprensa futebolística (diferente de imprensa desportiva; já no post anterior fiz uma distinção semelhante). Como por exemplo, dizer que o Benfica jogou com mais coração do que cabeça. Que é como dizer que o amor é uma coisa alheia ao pensamento.
O cristão tem de achar isto um disparate. Um cristão acha que jogando de coração, o futebolista (diferente de atleta, já o disse atrás) vai usar tudo o que estiver ao seu alcance para ganhar, incluindo a cabeça.
Semelhantemente, a marca do amor de Deus no cristão também o há-de levar a servi-Lo com tudo o que lhe está ao alcance, incluindo a cabeça. A cabeça toda, e não somente algumas geografias do cérebro.

Nota: este post tem referências blogográficas óbvias, mas não as faço porque não me quero tornar chato e repetitivo.

Friday, October 19, 2007

Rui Caçador (com incidência no seu bigode)

Decidi-me a escrever este post enquanto via aquele desenho animado da educação sexual que passou no canal 2 e que levantou tanto burburinho (este post, decidi-me a escrevê-lo depois da entrevista a Rui Caçador, no final do Portugal-Sérvia).
Como muitas outras ocasiões, tentei confrontar a maneira como eu vejo as coisas agora, e como as veria há alguns anos atrás.
Se agora, olho para isto da Educação Sexual com alguma desconfiança, julgo que há uns anos atrás acharia esta ideia brilhante. Razões para isso? Logo à partida, era mais uma “educação” – a única educação da qual aprendi a desconfiar desde pequeno é a educação religiosa, da qual não desconfio assim tanto actualmente.
Acho que os valores essenciais com que cresci são: esquerda, Europa, educação, progresso (misto de ciência e tecnologia com “modernização” dos hábitos (homossexualidade, aborto, Maio de 68, desenraizamento das tradições, direitos dos animais e coisas assim)). Quer o aceitem e nomeiem nestas palavras ou não, também a grande maioria das pessoas da minha idade pensa assim. Crianças faltam às aulas mas sentem que pecam contra a virtude da educação; se lhes perguntarem se gostariam de ter aulas (educação) de surf, não hesitariam em responder que sim, e assim crescerão, a pensar que se alguma coisa é boa, a sua descendência deve ser educada nela. Este talvez seja o valor mais complicado de explicar dos quatro que enumerei. Os outros são mais fáceis: Bush é um burro, assim como o cidadão médio americano, enquanto que os governantes da Europa falam línguas entre eles e lêem livros: assim como os americanos são de direita, também Hitler o era; as revoluções foram de esquerda, como o nosso 25 de Abril, e a direita é conservadora; vota contra tudo o que tenha a haver com aborto, legalização de coisas, quer tudo igual ao tempo dos nossos pais.

Um dos símbolos desta maneira de estar é o andebol, um deporto que eu pratiquei durante oito anos. Um desporto positivista e em constante mudança, adaptando-se a novos tempos e novas realidades e necessidades dos atletas e espectadores. Só para dar um exemplo, durante a minha prática do andebol, a regra sobre a forma de repor a bola em jogo após um golo mudou umas três vezes. O que importava era que o jogo ficasse cada vez mais rápido e atraente. Nada garante que um dia seja proibido driblar a bola. Será que no futebol haveria alguém disposto ou a cronometrar apenas o tempo útil de jogo, ou a acabar com o limite de substituições? Julgo que este desrespeito canónico é umas razões pelas quais nunca vi um blogger falar em andebol. Os blogs portugueses são de direita, não é?

Outro aspecto do significado do andebol está relacionado com os países que a praticam. Todos os países europeus querem ser bons nesta modalidade excepto a Inglaterra, que também não aderiu à moeda única (bloggers portugueses concordam com um ámen). O melhor país nisto é a Alemanha, mas há outros muito bons, como a França, a Croácia e a Rússia (a quem todos reconhecem a importância no estudo e desenvolvimento da modalidade). Até há alguns anos, a Suécia era a melhor. A Espanha consegue ser das melhores com muito esforço, meios e um projecto bem delineado. A predominância da Dinamarca no feminino deve ser assinalada. Os países africanos bem comportados e não excessivamente negros, como Egipto e a Tunísia, também dão cartas (um dos golos mais espectaculares que já vi saiu de um remate de anca de um ponta egípcio – quem sabe um nadinha do assunto percebe a extravagância disto).
E o andebol tem escolas. Escolas mesmo. Não é como os comentadores de futebol que, não arranjando palavras decentes para descrever defeitos que se repetem algumas vezes, também lhe chamam escola. A escola italiana de ficar a ver a outra equipa jogar, a escola portuguesa dos cruzamentos para a área porque não há discernimento (falo de clubes de primeira divisão) para circular a bola, a escola inglesa de chutar a bola para a frente com medo de a perder. Não, no andebol há mesmo escolas, a escandinava, a russa, a alemã, e suponho que também haja uma escola espanhola. E literatura sobre o assunto. As vantagens de uma defesa 5-1 sobre uma defesa 3-2-1, a posição agachada ou hirta de um guarda-redes, isso está tudo em acta. Reparem, literatura sobre técnica e táctica, não é técnicas de motivação e teorias da liderança de grupo.

O andebol, pelo menos em Portugal, está bastante contaminado por toda uma série de maus hábitos trazidos pelo pessoal que gosta muito mais de futebol (pelo menos quando saí de lá). Arbitragens tendenciosas, simulações de faltas, queimar tempo, completo desprezo do aguçamento da técnica e da táctica, trocado por movimentos espalhafatosos, fáceis de ser apreciados pelo público, até mesmo o feminino. Mas mesmo assim o andebol ainda carrega uma aura de superioridade, como a que um iluminista teria sobre um camponês religioso.
Já no futebol, esta postura – chamemos-lhe europeia – pura e simplesmente não existe. Não sei se alguma vez existiu, sequer. Consigo descobrir apenas uma, e apenas uma única excepção: Rui Caçador, com o seu bigode. Rui Caçador consegue dar a ideia que o futebol é de facto um desporto, em que o que conta é a táctica e a técnica, e que a coragem e a motivação também são importantes, mas para que o desporto seja bem praticado. Como que representar o país pode ser importante, mas acima de tudo um desportista deve ter uma atitude japonesa de entrega ao seu ofício.
Há um mês ou dois vi o tal Portugal-Sérvia dos sub-21, e pareciam realmente praticar desporto. Nem parecia que estavam a jogar futebol.
Não sei se Carlos Queirós foi o penúltimo exemplar, mas sem o bigode perdeu qualquer hipótese. Se fosse do tipo Rui Caçador, não perdia tempo com o pensamento filosófico que leva uma pessoa a limpar o bigode.

Thursday, October 18, 2007

5 filmes favoritos

Desculpem se me ponho à vontade, mas vou avacalhar um bocado o esquema que a Shana me mandou.

Ver um filme por si só não vale quase nada. Há um contexto que o valoriza, e é por isso que os pirateadores compulsivos estão a inutilizar (alguns deles em definitivo) a hipótese de desfrutar de um filme. Pior para eles.

Dito isto, cá vai:

Chocolate – já mal me lembro do enredo; lembro-me do elenco inesperado, com Carrie Ann Moss a fazer de Bree Van De Kamp (Matrix fresco na memória), e Johnny Depp feito hippie a tocar guitarra com um gargalo de garrafa (pois, isso não é assim tão inesperado). Foi numa tarde de domingo, provavelmente numas férias da Páscoa; eu não tinha vindo para Aveiro, e o Alexandre e a Sofia também estava lá. Deve ter sido na SIC.

A Irmandade do Anel – andava a ler a Irmandade do Anel, do Senhor dos Anéis, lembro-me de partilhar com o meu colega Bruno Vilela que se fizessem o filme daquilo seria espectacular. Tinha em mente prinicpalmente as Minas de Mória. Passados seis meses, descubro que o filme estava a ser rodado, e passados outros seis meses, eia a estreia, como se tivesse sido feito de propósito para mim. Vivi o filme como se entrasse nele, e vim de do cinema com pena de o filme não ter vindo comigo. Queria as ruas cheias de orcs e uma espada na minha mão…

Jeremiah Johnson – houve um sábado em que não fui à reunião de jovens da minha igreja. Era para adiantar um trabalho. Fiz uma pausa por volta das dez e tal para ir à casa de banho. Depois fui à sala e sentei-me no sofá para comer uma bolacha. Depois, fiz zapping e logo à segunda (no canal 2) deparei-me com umas imagens das montanha do norte dos Estados Unidos (ou já seria Canadá?). Depois, o Robert Redford, igual ao Brad Pitt naquela década de 70, a ser acolhido por um caçador de ursos na sua cabana típica da montanha. Depois tudo o resto, uma família a formar-se, uma casa a ser contruída, uma família a ser apagada por aquela razão… - se não chorei naquele filme, isso nunca mais virá a acontecer (desde o Rei Leão). E no fim uma certa paz, só afectada pela minha religiosidade que me levava a perguntar se aquilo era a favor ou contra a minha fé. Ainda não sei, mas é bem capaz de ser contra.
Presumo que esta seja a principal inspiração para o filme musicado pelo Eddie Vedder, mas ele que não se ponha em bicos dos pés.

Toki Wo Kakeru Shoujo – sacado do Animeshade, sem qualquer referência ou aviso (se li alguma coisa sobre ele no Somatos, já não me lembrava). Apenas a imagem da sinopse, uma rapariga ao lado de uma bicicleta, ao fundo de uma rua com uma grande grande subida. Talvez sejam memórias dos inícios de infância em Lisboa, mas tudo naquela fotografia parece fazer sentido. Houve um domingo em que achei que tinha tempo para ver um filme, e a net até estava rápida e tal. Este filme tão simples e singelo é o meu filme de animação preferido. Não sei ao certo porque é que gostei tanto dele. Sei que o ritmo da narrativa deve estar na proporção perfeita, que as vozes estão muito bem feitas (aquele choro, aquela corrida…), que a estatura dos personagens, principalmente o Chiaki, torna-as acolhedoras, e como em tudo o que é japonês, o movimento. A pedalar, a arremessar, a subir escadas, a cair, nos bonecos japoneses, todos os personagens são dançarinos. A personagem principal, a Makoto, faz lembrar a minha mãe, até mesmo no aspecto que confronto nas fotografias dos tempos A.T. (antes de Tiago).

Devem haver mais, mas só me lembro destes, falta um. Estes já tinham o texto escrito desde o dia em que os vi. Hoje, deram-me a oportunidade de os materializar.

Passo esta corrente de boa sorte ao , à Priscila, à Sofia, ao Alexandre, e ao Bruno.

Friday, October 12, 2007

Verdade ou consequência

Há uma certa piada quando alguém comete alguma crueldade e depois vem outro dizer que ela é desumana. Tipo genocídio e assim. Deve ser uma espécie de humanismo optimista bem intencionado. Não é preciso ladear os olhos com palas de burro. Se foi um humano que cometeu, humano é.

Tuesday, October 02, 2007

Da leitura do Mero Cristianismo - Post 12

Nada a dizer quanto ao teu último post. Há uma certa concórdia. Apenas deixo um pequeno alerta sobre "ser cristão, ser-se adulto". São coisas que podem ser totalmente diferentes. Dependem da base sobre a qual amadurecemos. Se a base é a Bíblia, ser adulto aproxima-se de ser cristão. Senão, nem por isso.

Sobre o Diabo, umas leituras da Bíblia, como com todo o folclore cristão, dão sempre uma ideia um pouco inesperada. Por exemplo, a tentação de Jesus em Lucas 4, ou o início do livro de Job para o singular diálogo entre Deus e o Diabo, ou Isaías 14:12-14 para descobrir "angelicidade" do Demo, e o porquê de ele cair.

Fico à espera de entrares na parte melhor do livro.

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