Thursday, October 18, 2007

5 filmes favoritos

Desculpem se me ponho à vontade, mas vou avacalhar um bocado o esquema que a Shana me mandou.

Ver um filme por si só não vale quase nada. Há um contexto que o valoriza, e é por isso que os pirateadores compulsivos estão a inutilizar (alguns deles em definitivo) a hipótese de desfrutar de um filme. Pior para eles.

Dito isto, cá vai:

Chocolate – já mal me lembro do enredo; lembro-me do elenco inesperado, com Carrie Ann Moss a fazer de Bree Van De Kamp (Matrix fresco na memória), e Johnny Depp feito hippie a tocar guitarra com um gargalo de garrafa (pois, isso não é assim tão inesperado). Foi numa tarde de domingo, provavelmente numas férias da Páscoa; eu não tinha vindo para Aveiro, e o Alexandre e a Sofia também estava lá. Deve ter sido na SIC.

A Irmandade do Anel – andava a ler a Irmandade do Anel, do Senhor dos Anéis, lembro-me de partilhar com o meu colega Bruno Vilela que se fizessem o filme daquilo seria espectacular. Tinha em mente prinicpalmente as Minas de Mória. Passados seis meses, descubro que o filme estava a ser rodado, e passados outros seis meses, eia a estreia, como se tivesse sido feito de propósito para mim. Vivi o filme como se entrasse nele, e vim de do cinema com pena de o filme não ter vindo comigo. Queria as ruas cheias de orcs e uma espada na minha mão…

Jeremiah Johnson – houve um sábado em que não fui à reunião de jovens da minha igreja. Era para adiantar um trabalho. Fiz uma pausa por volta das dez e tal para ir à casa de banho. Depois fui à sala e sentei-me no sofá para comer uma bolacha. Depois, fiz zapping e logo à segunda (no canal 2) deparei-me com umas imagens das montanha do norte dos Estados Unidos (ou já seria Canadá?). Depois, o Robert Redford, igual ao Brad Pitt naquela década de 70, a ser acolhido por um caçador de ursos na sua cabana típica da montanha. Depois tudo o resto, uma família a formar-se, uma casa a ser contruída, uma família a ser apagada por aquela razão… - se não chorei naquele filme, isso nunca mais virá a acontecer (desde o Rei Leão). E no fim uma certa paz, só afectada pela minha religiosidade que me levava a perguntar se aquilo era a favor ou contra a minha fé. Ainda não sei, mas é bem capaz de ser contra.
Presumo que esta seja a principal inspiração para o filme musicado pelo Eddie Vedder, mas ele que não se ponha em bicos dos pés.

Toki Wo Kakeru Shoujo – sacado do Animeshade, sem qualquer referência ou aviso (se li alguma coisa sobre ele no Somatos, já não me lembrava). Apenas a imagem da sinopse, uma rapariga ao lado de uma bicicleta, ao fundo de uma rua com uma grande grande subida. Talvez sejam memórias dos inícios de infância em Lisboa, mas tudo naquela fotografia parece fazer sentido. Houve um domingo em que achei que tinha tempo para ver um filme, e a net até estava rápida e tal. Este filme tão simples e singelo é o meu filme de animação preferido. Não sei ao certo porque é que gostei tanto dele. Sei que o ritmo da narrativa deve estar na proporção perfeita, que as vozes estão muito bem feitas (aquele choro, aquela corrida…), que a estatura dos personagens, principalmente o Chiaki, torna-as acolhedoras, e como em tudo o que é japonês, o movimento. A pedalar, a arremessar, a subir escadas, a cair, nos bonecos japoneses, todos os personagens são dançarinos. A personagem principal, a Makoto, faz lembrar a minha mãe, até mesmo no aspecto que confronto nas fotografias dos tempos A.T. (antes de Tiago).

Devem haver mais, mas só me lembro destes, falta um. Estes já tinham o texto escrito desde o dia em que os vi. Hoje, deram-me a oportunidade de os materializar.

Passo esta corrente de boa sorte ao , à Priscila, à Sofia, ao Alexandre, e ao Bruno.

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