Sunday, March 30, 2008

My very own argumento ontológico

Penso que há qualquer coisa que falta na argumentação de Dawkins. E penso que é nesta lacuna que encontro o meu derradeiro argumento contra este biólogo. Tudo se resume ao sangue, à sua inexistência. O senhor Dawkins que me perdoe, e pode estar a dizer uma data de coisas acertadíssimas, mas compreenda a minha falta de arcaboiço intelectual para estas coisas científicas. Compreenda-me quando uso outros filtros que não abonam lá muito a razão humana, nem sequer a minha própria razão. Mas sem derramamento de sangue, não espere a minha conversão.

Mas agradeço ao senhor Dawkins a ilustrações com criaturas do mundo natural que me estão a aguçar a curiosidade. A do "motor flagelar" mandou-me ao chão. Até já fui uma vez por outra a este blog. Já viram o último post, em que se confundiram ossos de elefante com ossos de dinossauro?

Wednesday, March 12, 2008

Conversar sobre desenhos animados deixa-me insatisfeito 2

Este é um dos bonecos que mais me influenciou na minha vida. A explicação para eu andar sempre com uma mochila atrás é tão simplesmente o Around The World With Willy Fog (não me lembro do título em português). Nestes bonecos, o leão Philleas Fogg pedia ao empregado Passepartout que lhe arranjasse três objectos sempre que embarcava em novo pedaço de viagem. Em todos estes pedaço de viagem, estes três obbjectos eram determinante na continuação da viagem. Não tendo eu a perspicácia de um Fogg, faço pela vida com os objectos que em princípio são úteis em qualquer viagem (e isto da vida não é no fundo uma viagem ou peregrinação, ou cenas assim?). Na minha mochila pode-se sempre contar com material de escrita, papel, lenços de papel, carregador de telemóvel, um livro para os tempos em espera (para já, ainda os Pensamentos de Pascal), a carteira, pastilhas elásticas, um novo testamento arranjado numa distribuição dos Gedeões no meu ano de caloiro. Recentemente, também uma garrafa de água, e pretendo juntar à colecção um isqueiro e qualquer coisa que corte, talvez um x-acto, que não parece tão agressivo como um canivete.

Se há coisa que acho desejável nesta vida é ser portátil. A memória curta é que não ajuda.

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Monday, March 10, 2008

Conversar sobre desenhos animados deixa-me insatisfeito

Regra geral, sabe-me sempre a pouco quando ouço pessoal a conversar sobre os desenhos animados do nosso tempo. E fico sempre um pouco triste, porque aquilo que à partida seria boa memória, não passa de tempo gasto a ver os enlatados do canal Panda. Isto em pessoas com mais de vinte anos, é de uma certa desonestidade.

É certo que a TV Cabo e o Youtube já minaram a memória colectiva infantil da minha geração, e podemos estar gratos por serem empresas que não têm agenda política, se não, tínhamos sido todos papados.

Mas claro que quando insistem, apetece-me puxar dos galões. Talvez comece mais uma rubrica.

Thursday, March 06, 2008

Triagem dos feridos

O que será o pior pecado : o fumo ou o ginásio?

Assim de repente, parece-me que o fumo é bem mais preferível. O ginásio é mais caro, ocupa mais tempo, e é muito mais mal intencionado. Tem a vantagem de por vezes fazer bem à saúde, mas eu estava aqui a falar de pecados, não façamos confusões.

Wednesday, March 05, 2008

Desisti de desancar o Dawkins

Há qualquer coisa que me cheira mal nisto de haverem ateus americanos a queixarem-se do sufoco da religião, principalmente dos evangélicos. Bem sei que em princípio que é desinformação minha, mas ainda assim…

Não raras vezes identifico-me com as queixas dos ateus americanos. Mais de metade das queixas triunfantes do Dawkins (inglês, eu sei), já eu ou qualquer filho de cristão evangélico sério as faz desde os 14 anos como sendo algo perfeitamente normal (por exemplo, ter isto bem claro, que não existem crianças religiosas, mas tão somente filhos de pais religiosos).

Contudo, acho que as minhas queixas são mais fundamentadas, e não uma mania da perseguição. A verdade é que acho que em toda a minha vida nunca vi um único filme ou série americana que fosse, que de alguma forma se identificasse com a doutrina cristã evangélica. Mas já vi uns quantos que mordiam os calcanhares aos religiosos e a Deus. Também já vi uma série deles que mantinham uma posição de conforto, ou até mesmo responsável: deixavam no ar a hipótese de Deus existir, mas sem tocar na hipótese de Deus mandar (aos crentes importa crer, aos ateus, importa que a crença dos outros não os incomode). E claro, há aqueles que com uma estética religiosa, conseguem passar totalmente ao lado de Deus – geralmente, as pessoas conseguem derrotar o Mal com tiros, explosões e um golpe de astúcia. Há também a dizer que nos casos em que Deus é atacado, é sempre numa atitude de bater no ceguinho, pegando em todos os restos do pior que as religiões cristãs têm a oferecer, principalmente vindos do catolicismo. A única coisa que se safa é os Simpsons.

(Há uns anos atrás, também falaria da música, mas descobertas recentes sossegaram-me)

Quero com isto dizer que a religião pode oprimir quantos americanos bem entenderem, mas os media, pelo menos aqueles que valem a pena, nunca tomaram partido pela religião, ou então atacaram-na.

Isto faz toda a diferença. Cá eu nunca tive na televisão um único escape, um motivo de sonho, enquanto que um ateu pode ter n heróis que de propósito ou sem querer, desconsideraram Deus. Todos matam, têm muitas namoradas, fazem tudo sozinhos, não olham a meios para atingir fins.
E perceber o impacto de ter um herói televisivo é tão simples quanto pensar num miúdo que é expulso da aula. Pode ser mal visto pela professora, os pais, treinador, e até alguns amigos, mas sabe que pode contar com a bênção do Eminem ou do Fred Durst (no meu tempo), e isso é que importa. Nenhum pequeno pensa em pequeno.

O que é duro para uma criança não é a educação religiosa. É mentalmente bem mais esquartejante não poder conciliá-la com os heróis da televisão.

Ah: por favor detectem-me os erros.

Tuesday, March 04, 2008

De propósito?