Friday, March 24, 2006

Cofion o Cymru (saudações de Gales)


Pois é, este fim-de-semana estive em Gales a fazer uma pausa nos trabalhos da Universidade. Estava mesmo a precisar de um pouco de descanso e ar puro. E o que é que eu posso dizer desta região semi-autónoma do Reino Unido? Que é pitoresca? Sim, é pitoresca com a casa mais pequena da Grã-Bretanha, a aldeia com o nome mais comprido do mundo (tudo coisas dignas de figurar nessa grande referencia do bizarro e do insólito que se chama Guiness Book); Aigrejadesantamarianacovadaaveleirabrancajuntoaoforteremoinhoeaigrejadetysiliojuntoàcavernavermelha.
Ora ninguém escreve que vive num lugar destes juntando as palavras todas numa só. Ou a gramática galesa é muito traiçoeira ou cheira-me que algum chico-esperto se aproveitou do comprimento do nome da dita aldeia para vender postais junto à estação de caminho de ferro. Sim, porque a unica coisa que esta aldeia tem para ver é a estação e a dita loja que se situa junto à estação. Esta loja não só vende postais como também artigos tipicos galeses e outras bugigangas que o incauto turista sem mais nada para ver se não o singular topónimo, irá comprar. Mas Gales tem mais coisas para ver e se um dia cá vierem, visitem as montanhas de Snowdon. Vale a pena contemplar esta verdadeira maravilha da natureza. No meio desta terra quase plana erguem-se estas montanhas cobertas de neve que me fizeram lembrar à primeira vista as montanhas dos anões do senhor dos anéis. Especialmente naquela parte em que a irmandade sai das cavernas sem o seu mentor, o feiticeiro Gandalf. Disto sim, eu gostei.
Tal como em Portugal, Gales tem muitos castelos e ainda com a sua configuração original (ver post sobre Nottingham), e algumas cidades como Conwy ainda tem as muralhas praticamente intactas. A diferença é que estes senhores feudais ao contrário dos nossos construiam os castelos em zonas baixas. No entanto porque os sistemas defensivos tinham de ser mais complexos (fossos, muralhas duplas e labirintos), os castelos de Gales como o de Beaumaris eram extremamente caros e levavam muitos anos a serem completados, com os riscos obvios que isso acarretava. No entanto é considerado o castelo mais perfeito do ponto de vista defensivo em toda a Grã-Bretanha. Foi mandado construir a partir de 1295 pelo rei Edward I. E depois digam que a cultura anglo-saxónica não presta! Fiquem bem!

Wednesday, March 15, 2006

Mohs

Sim Sofia, eu também sabia! Desde uma visita de estudo à universidade de Coimbra há alguns anos atrás que o sei. Tal não foi o meu entusiasmo quando, na legenda daquele calhau translúcido, leio um nome que me é familiar. Literalmente.
Agora, tudo parece mais claro. Nós, os da nossa casta, temos óxido de ferro no cabelo e urânio nas veias. A parte de alumínio pode explicar os meus 60kg. E somos todos uma jóias de pessoa. E de entre todos as gemas de berilo, nos temos o nome mais portentoso.
Não há que enganar. Com este nome e constituição química, estamos prontos para dar uma abébia a qualquer Diamantino que seja!

Tiago Daniel HELIODORO Franco

PS: a teoria do "Hélio + Ouro", AuHe, fica despromovida a uma categoria meramente alquímica. Tomem lá, acampamento de jovens de Montargil.

Sunday, March 05, 2006

Robin Hood



Robin Hood, Robin Hood Riding through the glenn Robin Hood, Robin Hood With his band of men Feared by the bad, loved by the good Robin Hood, Robin Hood, Robin Hood
Quem da minha geração, ou mais velhos, não se lembra das aventuras de Robin Hood a preto e branco? Lembram-se da musica do genérico em que aparecia o nosso herói vestido com collants ridiculos? Do salteador que roubava os ricos para dar aos pobres? Do Sheriff of Nottingham? Pois hoje fui visitar essa mitica cidade medieval onde tiveram lugar (?) as aventuras desse pilha-galinhas vestido de verde alface.
Que grande desilusão. Prometem-nos uma visita ao castelo e o que há é um palácio do sec. XVII com uma mediana galeria de pintura e umas caves onde se conta a história de Nottingham através dos tempos, e onde a referência ao herói é obrigatória, e o pior é que nem se tem a certeza que ele existiu. E depois há a cidade, a 2º mais feia das que eu visitei, a primeira é Birmingham. A vista desde o castelo mostra-nos um amontoado de prédios e fábricas cor de laranja muito denso e de onde não se avista a mitica floresta de Sherwood, porque provavelmente já nem existe. Resta-nos Lord Byron o escritor romântico do século XIX (que passou por Portugal), e que viveu durante alguns anos num palácio chamado Newstead Abbey nos arredores da cidade. Esse pelo menos foi real, existiu, respirou, viajou, combateu os turcos na Grécia, escreveu poesia e romances (o típico heroi do romantismo) e é hoje uma referência nas letras britânicas e europeias. Haja justiça!!!

Friday, March 03, 2006

Ti Joana

A tia Joana chegouaroupaaopêlo a um malandro. Andava a vasculhar a casa. Não respondeu ao primeiro aviso. Comeu.
O homem da casa já tentou complicar um bocado mais. Perdeu tempo a ir buscar a espingarda, e pronto, lá teve de ser a mulher a arrumar a casa sozinha, tarefa que levou a cabo exemplarmente.
Ganhei um herói, uma heroína neste caso. Ti Joana vai directamente para o patamar do Samurai X, que também arrumava arruaceiros com artes marciais. Só que com uma espada. Lá está, é a complicação masculina. Para quê lâminas ou projécteis para cumprir a função de uma vassoura.





















Ti Fortunato é que dá a palavra ao jornal, mas a heroína vergasteira enverga um casaco preto.

Viva a Neve!!!


Viva a Neve!!!

Hoje, finalmente nevou a sério. Aqui em Bolton, claro. Pela primeira vez senti o que é nevar (bem, eu já vi nevar antes, mas assim como hoje não). E senti porque ia a caminho da Universidade, e ela caía branca e fria, de tal modo que tive de tirar os óculos porque estes já nada me deixavam ver. Era tocada pelo vento e quando cheguei ao campus universitário parecia um boneco de neve.
Isto tudo para dizer que finalmente me decidi a postar neste blog. Depois de a Sofia (a minha mulher, que não gosta que eu a trate na terceira pessoa por minha mulher) pacientemente me ter explicado como é que isto de postar funciona, e de eu ter vencido a preguiça/falta de tempo, cá está!
Eu sei que não é um tema muito profundo, falar da minha experiência com àgua em estado sólido floculante, mas é o que tenho de momento para partilhar, e para começar tem de ser sempre com coisas leves (como a neve, p.ex), para não enfastiar os nossos leitores. Claro que poderia dissertar sobre esta maravilha da Natureza criada por Deus que é a neve e como deixa tudo alvo (palavrão facilmente identificável por aqueles que como eu conhecem o "linguajar" sincrético dos evangélicos). Mas não, quero apenas partilhar convosco este momento mágico que deixou a paisagem branca e sim estive a atirar bolas de neve aos meus colegas. Sim, também levei com algumas...