Saturday, November 19, 2005

Fotografias 5


"Numa casa portuguesa com certeza"

Damn right, baby! 3

Eu sei as tuas obras, que nem és frio nem quente; oxalá foras frio ou quente! Assim, porque és morno e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca.
Apocalipse 3:16,17

Damn right, baby! 2

Não deis aos cães as coisas santas, nem deiteis aos porcos as vossas pérolas, não aconteça que as pisem com os pés, e, voltando-se, vos despedacem.
Mateus 7:6

Damn right, baby! 1

Vai ter com a formiga, ó perguiçoso: olha para os seus caminhos e sê sábio.
Provérbios 6:6
*Deixo os créditos ao Voz de Comando, sem o qual este post não seria possível.

Saturday, November 12, 2005

Fotografias 4


"Janela Impossível III"

Refrões da vida

"Mandei uma perolada num porco
Ele riu-se e fez pouco
De mim"

P.S.:Para os ateus que por aqui passarem, consultar Mateus 7:6

Manifesto I: “Pelo direito à primeira vez”

Porque sou contra as sondagens, falaciosas até mais não, que são fogueteiros pirómanos com as mãos em brasa por lançar o primeiro foguete, antes de se saber sequer o motivo do festejo. Porque sou contra os prognósticos, antes ou depois do jogo, feitos por videntes de terceira categoria que querem confirmar os méritos de nada mais do que a mera probabilidade mal ponderada. Porque sou contra os singles que nos deixam o som orelhudo na cabeça e criam para o álbum a falsa expectativa que o vídeo-clip deixou criar. Morte aos traillers! Big Brother prá fogueira! Porque sou contra a pornografia!!!
O que é eu quero é o direito à primeira vez de qualidade, desfeita de preconceitos, ausente de escapes dos que se vieram de verdades que não conseguiram conter. Sejamos grandes, para que cada um possa experimentar só para si mesmo. Deixem-me ser ligeiramente Tomé, pelo menos naquilo que posso ser. Haverá alturas em que a partilha da verdade será essencial, mas desta vez, não. Por favor.

Saturday, November 05, 2005

Fotografias 3


"Janela Impossível II"

O que eu quero é do belo

A azelhice de um professor universitário que escreveu fórmulas químicas no quadro com tinta impermeável contraposta pelos gestos circulares decididos plenos de experiência, pela senhora contínua, que teve de limpar o quadro todo com diluente. Até Mr. Miagy teria a aprender com a situação, reduzido à condição de Miagy Son.
Isto redespertou em mim a velha sensação. A do prazer de ver uma coisa a ser bem feita. Necessariamente enumero uma lista de exemplos: um músico que toca sem esforço; o Ian Ulrich a pedalar numa bicicleta de contra-relógio; o Pierre van Hooijdonk a marcar grandes penalidades; um professor a fazer a demonstração de um teorema com a certeza dogmática que de que efectivamente, aquilo resulta; e passando pelos casos da maior beleza, a mãe a descascar batatas, o pai a dactilografar, a tia a atender os clientes*, a avó a amassar o pão, o avô a amolar uma faca, o avô a amolar uma faca, o avô a amolar uma faca.
Tudo isto é belo. O gesto moldado pela prática dos anos é a mais harmoniosa das coreografias. Na quase precisão da quase repetitividade, quase se atinge a perfeição. Não é preciso ser eficaz. É bonito e basta.

* O remate de primeira linha da Telma teria aqui lugar assegurado, mas ainda não preenche os requisitos etários; é uma questão de perseverar durante uns tempos e este post será remodelado.

Este post leva um certo teor familiar; veio em hora apropriada. A partir desta semana, o blog tem novos membros, com laços familiares em comum. Chegou a prima Sofia, e seu homem Alexandre (meu primo, portanto). Corre sangue heliodórico nas veias deste blog. Beware!

Estado em que se encontra 1/3 deste blog

Catecúmeno.