Saturday, September 08, 2007

Da Leitura do Mero Cristianismo - Post 5

As bruxas são um exemplo tão estapafúrdio que se torna ideal (e é por estas que algumas pessoas gostam tanto do C. S. Lewis). Nada como reduzir ou exponenciar as coisas até ao absurdo para as perceber melhor. É como tentar perceber a esquerda e a direita. Não é por acaso que uma boa parte dos políticos começou nas “extremas” de ambos os lados, mas depois foram progredindo para o centro.

Estou a ver que apareceram duas linhas temáticas paralelas. A da pena de morte vale a pena e não resisto a meter a colherada um pouco mais. Os cristãos, como ninguém, devem concordar com o desfecho que deste à tua ideia – muito bem mandada, já agora – “Num mundo onde se pague olho por olho, ficaremos todos cegos.”. Na Bíblia, leio que devemos ser tardios em julgar, porque com a medida que julgarmos também seremos julgados. Mais ainda, quando perguntaram a Jesus quantas vezes devemos perdoar alguém, ele responde “70x7”. Mais ainda, também lemos que na verdade, já estamos todos condenados, mas quis Deus na Sua misericórdia dar-nos uma nova oportunidade, e que os cristãos devem ser exemplificativos dessa misericórdia imerecida, dessa graça.
Contudo, a questão aqui é de que forma é que se transporta isto para a lei de um país – e isto diz respeito a todas as religiões e convicções. No meu caso, enquanto cristão devo tentar contagiar a lei do meu país com a minha convicção religiosa, ou devo tentar que ela seja o mais fiel possível aos seus próprios princípios? (escrevo isto tudo com o referendo do aborto em mente)

Quanto ao segundo parágrafo:
Discordo de ti quando dizes que tendo Jesus cumprido a tal Lei, demonstre que todos a podemos cumprir. Não digo já porquê, porque estás a ler o livro e o Lewis escreve de uma forma bem mais acessível do que eu faria. Eu punha-me logo a falar no Éden e o camandro.

Quanto ao penúltimo parágrafo, só me resta concordar que sim, é complicado falar sobre isto, e como tal, em separar o que concordo do que não concordo com o que disseste. Talvez o consiga um pouco comentando o teu desfecho. O que tu consideras “actuar intrinsecamente”, eu considero uma marca de estilo.
Comparando o Homem a uma pintura, para mim esta Lei Moral é como um traço típico do pintor. Mesmo que um dia o quadro se encha de pó e vá para o lixo, esse traço típico permitirá sempre associar esse quadro à pessoa que o pintou.
Espero que isto não sirva para confundir…

AH: não sintas pressa em ler ou responder aos posts. Reparei que continuas a escrevê-los a horas um bocado tardias. Isto dos posts é só uma ideia gira, nem por isso útil ou importante.
Na vida, há coisas que tratamos por SMS, outras pelo messenger, outras por mail, outras por carta, e não sei em que parte da hieraquia é que se enquadram os blogs, mas sem dúvida que as coisas importantes são para ser ditas.

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1 Comments:

Blogger A Pris said...

blog interessantissimo meu caro Tiago.
muito ao teu estilo ;)

e em relaçao ao link tas a vontade!

:P

Vejo-te no EBU? Este ano vai ser em grd!

Saturday, September 08, 2007  

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