Saturday, August 04, 2007

Complicar a tarefa

De cada vez que o conhecimento avança, o cristianismo ganha novas responsabilidades. De certeza que a leitura do Génesis se tornou mais atenta quando se começou a duvidar da existência de um autor do universo. E que de cada vez que os filósofos disseram coisas novas, houveram cristãs preocupados em tentar que não perdêssemos o barco. E acho que com as teorias do Freud deve ser a mesma coisa.
Falo na minha ignorância, que nem sei como classificar aquela parte do programa de Psicologia do 12ºano, se é ciência se é filosofia.
O que é certo é que em vez de um feitio linear e superficial, deixou-nos três patamares de profundidades diferentes e variáveis. Três patamares por domar, ou para entregar à acção do Espírito Santo, dependendo das sensibilidades e denominações.
Seja como for, isto vai bem com a nossa doutrina. A Jesus não chegavam as acções, ele sempre desejou o nosso querer. Não basta não cometer adultério, é preciso não querer cometer adultério, porque querendo-o, cometemo-lo. Já em que estágio da mente é que é preciso não querer, isso é mais complicado. Suponho que haja uma data de gente disposta a arredondar para 3, e também suponho que essa seja a minha opinião. Só que entretanto assusto-me. Nem é preciso recorrer ao patamar dos sonhos.

Quanto a Freud, ficamos-lhe com uma dívida de gratidão, mesmo tendo ele sido mauzinho prá gente e ter feito de nós crianças.
Está escrito algures neste blog que a ciência louva a Deus, e talvez estes meandros entre a ciência e a religião também o façam. Assim como o uso do microscópio revelou um mundo mais complexo e inesperado à experiência dos sentidos, também o Homem é definido de uma forma que se coaduna muito mais com criação divina do que com as teorias da evolução.

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