Era sobre globalização e tinha católicos

Esta poderia ter sido a minha participação no Fórum Universal, a que assisti (e infelizmente não participei) ontem no seminário da universidade, no meio de uma catrefada de católicos.

Logo após a intervenção inicial de Sarsfield Cabral, sobre a perda de soberania dos governos nacionais:

“Acha que o acto de comprar vai tornar-se no sufrágio do futuro?”

E depois da intervenção do Carlos Borrego e do velhote atrás dele:
“O cristianismo não é um meio nem um pilar para absolutamente nada; ao estarem a atribuir-lhe uma utilidade, estão a matá-lo pela raiz; de facto, foi quando o cristianismo passou a ser útil que as coisas começaram a dar para o torto – quando a igreja passou a ser Romana (o bispo de Aveiro contorcer-se-ia nesse momento enquanto dizia aze aze). Já um filósofo cristão chamado Schaeffer discorreu sobre a proposta de o cristianismo ser a solução para a crise ambiental, e a conclusão a que chega é que o cristianismo não é pragmático, é ético”.

E por fim, ainda sobre o cristianismo suavizar a selvajaria da globalização:
“Não me parece. Leiamos a Bíblia:
Por esse tempo houve um não pequeno alvoroço acerca do Caminho. Porque certo ourives, por nome Demétrio, que fazia da prata miniaturas do templo de Diana, proporcionava não pequeno negócio aos artífices, os quais ele ajuntou, bem como os oficiais de obras semelhantes, e disse: Senhores, vós bem sabeis que desta indústria nos vem a prosperidade, e estais vendo e ouvindo que não é só em Éfeso, mas em quase toda a Ásia, este Paulo tem persuadido e desviado muita gente, dizendo não serem deuses os que são feitos por mãos humanas. E não somente há perigo de que esta nossa profissão caia em descrédito, mas também que o templo da grande deusa Diana seja estimado em nada, vindo mesmo a ser destituída da sua majestade aquela a quem toda a Ásia e o mundo adoram. Actos 19:23-27”