Tuesday, May 13, 2008

Do Bob Geldof III

Ao que parece há desenvolvimentos, que não sei interpretar.

Entretanto, deixo aqui um pouco de opinião pessoal sobre o início. O que irrita nisto é ser um músico a fazer destas declarações. Ainda se fosse um jornalista, um médico, ou um industrial lá do sítio (sei lá) que tivesse de facto alguma coisa a ver com o assunto, e que pudesse dar seguimento, e até beneficiar da sua resolução. Mas não, foi um músico popular, não angolano, que em relação ao seu ofício, só tem a beneficiar (lucrar?) com estes possíveis problemas da injustiça no mundo. Ainda por cima, numa conferência supostamente séria. Estes anormais do rock nem sequer têm de pensar se este tipo de denúncia é a melhor forma de resolver o problema, só têm é de chamar burros aos outros. Para eles, é tudo tão simples. Eles quase não têm culpa, são uns inocentes, tipo Adão e Eva antes da Queda na imaginação colectiva. Agora, se existem criaturas pensantes e trabalhadoras que aménizam este fulano, julgo que será pior.

Por isso, viva a liberdade de imprensa, e faço votos que o Bob Geldof desapareça de cena e não volte a interferir desta forma. Deus queira que apareça alguém com coragem para fazer este tipo de denúncia mas que tenha alguma legitimidade para as fazer.

PS: dá-me a sensação que esta urgência dos artistas em ajudar os outros sai do pânico que os invade ao perceberem que investiram os melhores anos da vida deles a aprender a entreter o próximo, em vez de aprenderem a ajudar o próximo. Tudo de bom em reconhecer isso, mas regra geral, quando alguém reconhece uma falha, costuma ter uma atitude menos altiva.

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