Sunday, June 15, 2008

Trivialidades à moda antiga

Foi um tal de Bernardo Pires de Lima, no sempre espectacular Olhar o Mundo (tenho pena de não conseguir ver mais vezes). Queixava-se ele de as decisões políticas tomadas por Toni Blair terem sido influenciadas pela religião, quando historicamente está mais que sabido que a mistura das duas nunca deu bons resultados.

É óbvio que este escritor não concebe uma religião que não seja institucional. Pergunto-me sobre o que ele responderia se a mistura da política fosse agora com convicções pessoais. Regra geral, isso já faz parte da fórmula do sucesso. Um líder tem que ter convicções fortes, e tal. Nunca passa pela cabeça das pessoas, pelo menos aquelas cuja opinião é ouvida, que as convicções pessoais possam ser religiosas. Ou extremando a coisa, quando Jimmy Carter andava a mediar negociações de paz, estaria a ser menos religioso do que um George Bush que identifica e dita a sentença a um tal de Eixo do Mal? Que tal confrontar os princípios da religião deles para ver qual deles está mais de acordo?

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